segunda-feira, 28 de julho de 2008

Ocultação das características da Galeria pegada ao Aqueduto das Águas Livres continua.

Na sequência da denúncia que fizemos pelo facto de nos estarem a esconder / falsear as verdadeiras características desta Galeria recentemente descoberta, solicitámos aos vários Grupos Parlamentares com assento na Assembleia da República que promovessem uma visita ao local. Tivemos por parte do Bloco de Esquerda uma resposta rápida que veio a concretizar-se numa visita feita hoje ao local pela Deputada Helena Pinto .
Nessa visita ao local para além dos deputados do Bloco de Esquerda, estiveram também moradores, que fizeram-se acompanhar por uma equipe especializada de Arqueólogos e Espeleólogos, no sentido de se poder fazer uma pequena avaliação da Galeria. Essa avaliação foi-nos negada. Inclusive, pedimos para fazer uma simples medição com uma fita métrica, para avaliar a que altura se situava a Galeria, o que também nos foi negado.

Por parte dos responsáveis da EP (Estradas de Portugal), fiscalização da obra e coordenador da empreitada, o que nos foi dito é que esta Galeria agora descoberta, tem ligação com uma outra estrutura já conhecida do outro lado da Mãe de Água, que liga ao Chafariz da Buraca. Como já tinha sido decidido demolir esta estrutura que liga ao Chafariz da Buraca, esta nova Galeria descoberta, pelo facto de relacionar-se com a estrutura conhecida, será também demolida. Foi-nos referido que já existe essa permissão por parte do IGESPAR.

Perante estas declarações dos responsáveis do EP, e o facto de à menos de uma semana o IGESPAR não conhecer as verdadeiras características da Galeria, desconhecendo o sistema hidráulico que é revelado nas fotografias. Aliás o responsável do IGESPAR, Dr. José Correia só teve conhecimento da existência deste sistema Hidráulico através das fotografias, que nós moradores, lhe fornecemos numa reunião que tivemos com ele, no passado dia 17 de Julho, no IGESPAR. Admira-nos que em tão pouco tempo já tenha sido tomada a decisão da destruição desta Galeria.

Não bastando a informação distorcida que nos tinha sido dada na reunião que tivemos no passado dia 10 de Julho com estes responsáveis do EP, hoje também não se coibiram de fazer mais uma afirmação que não corresponde à realidade e que inclusive foi presenciada por uma jornalista do Jornal de Notícias que acompanhou esta visita:

Quando questionámos a razão pela qual teria sido construída uma Galeria com uma extensão de perto 50 metros, onde é possível uma pessoa andar em pé no seu interior, a resposta foi de que esta Galeria seria para captar água por infiltração, que depois era conduzida para a tal conduta (foto nº ). Questionámos se nessa conduta haveria alguma captação de água, foi nos dito que não. Esta afirmação é falsa, comprovada logo no momento através de uma fotografia desta conduta que revela exactamente o contrário (foto nº 9).
Percebemos que mais esta mentira tinha como objectivo justificar a existência desta Galeria de 50 metros. Dando a entender que era esta galeria que captava a água para a conduta. O que provámos com a foto é que não é verdade, pois a captação de água é feita dentro da própria conduta.

Na realidade, esta Galeria agora descoberta levanta várias questões do ponto de vista Arqueológico e Histórico que era importante esclarecer, e que deveriam ser objecto de um estudo aprofundado, tais como:
1. qual a sua cronologia de construção e a relação com o Aqueduto das Águas Livres?
2. esta Galeria com perto de 50 metros, onde é possível uma pessoa andar em pé no seu interior, foi feita com que objectivo? A parede avermelhada, e o facto de existir folga de alguns centímetros entre a parede e a Galeria, poderá esconder uma passagem que foi tamponada utilizando lama tipo vulcânica (côr avermelhada)? (foto nº 5,6)
3. a parte mais escura (acastanhado) que se situa na parte inferior da parede escavada do aqueduto e que é visível junto ao chão desta Galeria, não será uma conduta existente antes da construção de Aqueduto (foto nº 13 )? Não será provavelmente, caso exista esta conduta, aquela que "alimenta" através de um sistema fissurado a conduta activa desta Galeria agora descoberta?

Obviamente, existirão muitas mais outras interrogações relativas a esta descoberta que também deveriam ser esclarecidas.

Aquilo que sabemos, e que não temos qualquer dúvida é que houve uma tentativa de esconder as verdadeiras características desta descoberta. Quando se mente é certamente para esconder qualquer coisa.

O Aqueduto enquanto monumento classificado, não é só as arcarias que vencem o Vale de Alcântara, a Mãe de Água das Amoreiras, é sim complexo hidráulico que deve ser entendido, estudado e preservado no seu todo.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

GOVERNO E ESTRADAS DE PORTUGAL OCULTAM GALERIA DE VALOR PATRIMONIAL

Nas escavações das obras da CRIL junto ao Aqueduto das Águas Livres
é descoberta galeria de valor Patrimonial.

Governo esconde dos Cidadãos e do técnico do IGESPAR
as verdadeiras características desta descoberta.










Exmos. Senhores Deputados,
Passamos a descrever os acontecimentos relativos a mais um procedimento reprovável a acrescentar a outros neste processo da CRIL:

Início mês de Junho
Chega-nos informações de que no decorrer das obras da CRIL, quando estavam a ser feitas escavações junto à parede do Aqueduto das Águas Livres na zona da Buraca, é descoberta uma Galeria "pegada" ao Aqueduto, com cerca de 50 metros, até à data desconhecida. Esta galeria situa-se a uma cota mais baixa que o Aqueduto das Águas Livres.
A máquina escavadora abriu um buraco sensívelmente a meio desta galeria, tendo ficado uma abertura para cada um dos lados.

23 de Junho de 2008
É nos fornecida informação relativa à Galeria, que nos permite perceber tratar-se de um elemento com valor Patrimonial e com aspectos merecedores de averiguação em termos arquéológicos e mesmo do ponto de vista histórico.
Descrição da Galeria:
Tem perto de 1.90m de altura e 60cm de largura, termina do lado poente numa parede vermelha aparentemente de lama vulcânica, e do lado nascente numa parede antiga (confirmada essa antiguidade pela formação química calcária que a recobre) onde na parte inferior existe uma estrutura hidrálica em pedra com perto de 50cm quadrados, em actividade, onde é captada água através de fissuras.

24 de Junho de 2008
Na sequência destes dados e de várias informações que chegaram à Comissão de Moradores do eventual aparecimento de estruturas de valor Patrimonial que podiam estar a ser negligenciadas, enviámos cartas à C. M. de Lisboa; C. M. da Amadora, Igespar e EP, no sentido de fazerem um fiscalização da obra.
Na carta dirigida ao EP, solicitámos uma reunião e um visita à obra de forma a podermos verificar como estava a ser preservado o Património Arqueológico presente no local.

10 de Julho de 2008 - Reunião no estaleiro da obra
Nesta reunião estiveram presentes:
Dr. Carlos Ramos - responsável do EP da área da Arqueologia
Arqueóloga Suzana Santos - responsável pela fiscalização na área da Arqueologia
Dr. José Correia - IGESPAR - comissão acompanhamento da obra.
Engº Pedro Carmona - EP - coordenador da empreitada da CRIL
- grupo de Arqueólogos...

- Comissão de moradores, acompanhada com a presença do Arquitecto Filipe Lopes da ORPRUB.
Nesta reunião, por razões óbvias, não revelámos o conhecimento que tinhamos relativamente à Galeria que tinha sido descoberta e às características da mesma.
Questionámos os vários responsáveis presentes na reunião, o que estava a ser feito em relação à preservação do Património, e se tinha sido entretanto encontrado algo de novo.

Em resposta às nossas questões, foi-nos transmitido pelo Dr. Carlos Ramos e pela Arqueóloga Suzana Santos que tinham efectivamente, na altura das escavações, encontrado uma galeria pegada ao Aqueduto das Águas Livres que desconheciam, mas que não tinha grande valor Patrimonial, tratando-se de uma estrutura sem qualquer ligação ao Aqueduto das Águas Livres e sem qualquer actividade.
A descrição que nos fizeram desta estrutura foi a seguinte:
Uma galeria com cerca de 50 metros, em que do lado poente termina numa parede de rocha e do lado nascente numa parede selada presumivelmente construída nos anos 60. Foi-nos referido também que esta parede dava à Mãe de Água.

Na mesma reunião disseram-nos que podíamos ficar descansados quanto à possibilidade de existir naquela zona qualquer valor Patrimonial, pois tinham acabado as sondagens precisamente no dia anterior (9 de Julho), e nada fora detectado.
A seguir à reunião fizemos uma visita ao local, mas por "questões de segurança" não nos foi permitido chegar perto da Galeria.

Após esta ocultação e descrição falsa das características da Galeria, sem revelar o que conhecíamos, fizemos um contacto telefónico posteriormente (dia 16 de Julho) com o responsável do EP, Dr. Carlos Ramos, que tinha ficado de nos enviar algumas fotos da Galeria, e que disse agora não era possível, talvez dentro de duas semanas.
Dado o facto de não termos as ditas fotos, e no sentido de fazermos uma comunicação aos moradores a tranquilizá-los quanto à preservação do Património, pedi ao Dr. Carlos Ramos, para me fazer novamente uma descrição da dita Galeria. A descrição que fez correspondeu mais uma vez à que nos tinha sido dada na reunião.

Perante a gravidade da situação, e o facto de possivelmente o responsável do IGESPAR, Dr. José Correia, também lhe estar a ser ocultada / falseada informação, solicitámos uma reunião no IGESPAR com este responsável, que se efectuou no dia 17 de Julho, no sentido de despistar esta hipótese.
Nessa reunião, e antes de revelarmos as provas que possuíamos, pedimos uma vez mais uma descrição da Galeria. O Dr. José Correia, fez a mesma descrição que tinha sido dada na reunião de 10 de Julho.
De seguida, mostrámos as fotos das características verdadeiras da Galeria que comprovam a ocultação / falsidade da descrição que nos foi dada da Galeria.
O Dr. José Correia do IGESPAR, comprovou desconhecer por completo as verdadeiras características da Galeria, e mostrou-se preocupado pelo facto de lhe estarem a ocultar esta informação.

Não bastando o facto deste projecto violar a Declaração de Impacte Ambiental, a obra estar a avançar a toda a força no terreno sem ainda existir projecto de execução aprovado, agora, passa-se por cima do Património, e desvaloriza-se mais um Instituto do próprio Estado, o IGESPAR.

Após contactos vários que fizemos com Arqueólogos, foi-nos referida a importância desta Galeria, e da sua avaliação, tanto no sentido do seu valor Arquitectónico, assim como do ponto de vista Histórico.
Aliás esta galeria pelas suas características coloca várias questões que devem ser esclarecidas, o que está a suscitar a curiosidade deste grupo de técnicos.

Tendo em conta o facto de se ter tentado esconder as características desta Galeria, exige-se que os Srs. Deputados promovam todos os esforços no sentido de que seja feita uma avaliação exaustiva do seu valor.

Temos um grupo de técnicos (Arqueólogos, Geólogos, Espeleólogos...) disponíveis e com interesse nesta pesquisa.
Aguardamos o vosso contacto e uma resposta às nossas preocupações.

Jorge Alves
Comissão de Moradores

quarta-feira, 16 de julho de 2008

ESTRADAS PERIGOSAS


O Observatório de Segurança de Estradas e Cidades alerta: o novo troço da CRIL Buraca-Pontinha não preenche um único critério de segurança. Um cenário que se repete de norte a sul do país.

O troço da CRIL entre a Buraca e a Pontinha, numa extensão de 4,5 quilómetros, não obedece a qualquer critério de segurança. O alerta é do Observatório de Segurança de Estradas e Cidades (OSEC), que defende o cancelamento da obra, em fase inicial, para que o projecto seja refeito. São múltiplos os problemas detectados: “Os ramais de saída têm 90 metros de área de visibilidade, quando deveriam ter 360 metros. Por outro lado, a redução forçada de velocidade nas entradas faz com que o condutor passe dos 110 km/h repentinamente para os 50 a 65, potenciando acidentes, pelo que a colocação de radares não é suficiente”, denuncia Nuno Salpico, juiz e presidente do OSEC.
Estes são, contudo, problemas transversais a grande parte das estradas portuguesas, detectados pelo OSEC em anos de inspecções: “As Estradas Nacionais são uma desgraça, como é o caso da EN10, entre Setúbal e Coina ou a EN262, que só são seguras até aos 40 km/h”, diz.
Já as vias rápidas pecam pela deficiente sinalização, curvas apertadas e saídas sem o raio de visibilidade adequado. E, consoante a região onde se encontram, podem apresentar uma acentuada inclinação do lanço, por via de uma subida ou descida.
“Mesmo as auto-estradas, que têm níveis de segurança mais elevado, apresentam um problema comum. Já inspeccionámos a A1, A2, A23 e A26, vimos troços aceitáveis, mas sofrem do problema da hidroplanagem. Com pouca chuva, forma-se uma linha de água, os pneus perdem a aderência ao pavimento e as curvas tornam-se extremamente perigosas”, conta Nuno Salpico.
No decurso destas inspecções, o OSEC já apresentou várias participações criminais, por considerar que “se está a brincar com a vida humana”. A maioria destes processos ainda está a decorrer nos tribunais.


Jornal Metro
Foto OSEC

sexta-feira, 4 de julho de 2008

A CRIL DO EMBUSTE E A FORÇA DA CIDADANIA

O projecto adjudicado para a conclusão da CRIL é um bom exemplo da impotência do governo perante pequenas elites minoritárias, que detêm o poder económico, cuja influência se sobrepõe ao próprio poder do Estado.

O governo, para salvaguardar interesses privados, propõe-se fazer uma estrada aos esses, com três curvas perigosas, “em cima” das populações, comprometendo de forma irreversível a eficiência e a segurança rodoviária, assim como a qualidade de vida de dezenas de milhares de moradores.

Tudo isto é tão mais grave, tendo em conta que existem terrenos livres (grande parte do Estado) para fazer a estrada a direito. O problema é que para esses terrenos livres está projectada uma urbanização (Falagueira / Venda-Nova) com uma dimensão maior que a cidade de Bragança. Assim, e com o dinheiro dos contribuintes, transforma-se uma obra de Interesse Público numa “estrada de serventia” para valorizar futuros empreendimentos imobiliários.

Perante este poder autocrático que está acima da lei, e o avanço das máquinas para iniciarem demolições de casas no Bairro de Santa Cruz de Benfica, nós moradores conscientes da importância do nosso dever de intervenção cívica, decidimos não ficar de braços cruzados. Por volta das 9 horas, do passado dia 30, assim que a máquina começou a avançar, subimos ao telhado e, em acto simbólico colocámos uma Bandeira Nacional na chaminé da casa e cantámos o Hino Nacional juntamente com a população que estava no local. A máquina parou. A Bandeira e o Hino pretenderam, simbolicamente, responsabilizar todos aqueles que juraram lealdade ao país e à Constituição, e que não estão a cumprir o juramento.

No sentido de impedir este acto ilegal, chamámos a Polícia Municipal de Lisboa que, pouco tempo depois chegou ao local, parecendo não saber o que fazer. Por volta das onze horas, chegou ao local José Luis Faleiro, coordenador da obra a cargo da Estradas de Portugal, que se recusou falar com os moradores. Passado pouco tempo, dirigiu-se à polícia, apontando na nossa direcção. De seguida, este senhor passou por nós, com ar ameaçador, dirigindo-se para o local onde estava a máquina, dando ordens para a mesma avançar com a demolição do anexo que estava ligado à casa em que nos encontrávamos. Para nossa surpresa, e perante a passividade da Polícia Municipal, a demolição recomeçou de imediato, destruindo por completo o anexo.

Durante este período, sentimos que a qualquer momento poderíamos ser atingidos por alguns dos destroços que por vezes saltavam, e receámos que o telhado abatesse, visto este ter mais de 50 anos, e algumas das telhas terem estalado, e saltado com a vibração. Após o anexo, ter sido demolido por completo, a máquina parou. Não sabemos se por desobediência do homem da máquina, ou por compaixão de José Luis Faleiro! Perante esta “cena tipo faixa de Gaza”, decidimos só sair do telhado, após a chegada da nossa advogada, o que demorou cerca de duas horas, para que esta pudesse tomar a devida nota de todo este acto ilegal e irresponsável .

Assim que saímos do telhado, a máquina avançou de imediato com a demolição da casa, não se preocupando com a Bandeira Nacional que tínhamos deixado hasteada no telhado. Só após um morador ter-se indignado e alertado, a máquina parou e alguém da obra foi retirar a bandeira. Perante tudo isto, e a passividade do Presidente da República, e para que a nossa Democracia não fique mais moribunda, é nosso dever e obrigação, denunciar todos aqueles que estão de alguma forma a comprometer o nosso presente e o futuro dos vindouros.
Só com a nossa participação cívica activa podemos aspirar a um futuro melhor.


Jorge Alves / Jornal Conversas de Café
www.conversasdecafe.pt
Fotos: João Cláudio Fernandes

terça-feira, 1 de julho de 2008

“CRIL sim, assim não”

Moradores concentrados no bairro de Santa Cruz








Comissões de moradores voltaram a manifestar-se ontem contra o projecto de conclusão do último troço da CRIL. Dezenas de moradores do bairro de Santa Cruz, Lisboa, que contestam o traçado do último troço da CRIL, concentraram-se ontem de manhã, em protesto, junto a uma moradia que tinha demolição marcada para permitir a continuação das obras. A casa acabou mesmo por ir abaixo, mas os moradores garantem que a manifestação impediu a demolição total de uma segunda moradia. “Apercebemo-nos de que ia haver demolições e subimos ao telhado da moradia”, disse ao METRO Jorge Alves, da comissão de moradores de Santa Cruz. “As demolições foram feitas sem avisar os moradores e sem indicações no local”, acrescentou.
Concentrados em frente à casa, situada na Rua Comandante Augusto Cardoso, os manifestantes envergaram t-shirts onde se podia ler “CRIL sim, assim não” e gritaram “assassinos”, argumentando que o traçado da estrada será perigoso e poderá causar mortes. Segundo Jorge Alves, as comissões de moradores de Santa Cruz e da Damaia estão a preparar uma lista com os nomes dos signatários do actual projecto da CRIL, responsabilizando-os por qualquer acidente que venha a acontecer na estrada. “O traçado é uma nódoa. Viola a Declaração de Impacte Ambiental, todos os partidos da Assembleia da República, à excepção do do Governo [PS], nos dão razão, e não há projecto de execução. É um projecto rodoviário criminoso”, acusou. Fátima Cardina, da comissão de moradores da Damaia, afirmou também que não existem autorizações para a demolição no local e que, como tal, a demolição não está autorizada. “Não há um cartaz informativo, não há nada que se possa identificar. Estamos perante uma demolição e não existe nenhuma informação de que ele vá ocorrer”, disse.
José Luís Faleiro, coordenador da empreitada do IC17/CRIL, a cargo da Estradas de Portugal, desmentiu esta informação, indicando que existe autorização para a demolição. Francisco Salpico, engenheiro civil responsável pelo estudo do Observatório de Segurança das Estradas e Cidades (OSEC), salientou que “o projecto de execução é profundamente defeituoso porque não respeita nenhum critério de segurança” e afirmou que “não é possível garantir a segurança rodoviária com este traçado, que vai ser a causa de muita sinistralidade”.

Metro / Lusa
Fotos: João Cláudio Fernandes