quinta-feira, 1 de julho de 2010

JULGAMENTO DO FECHO DA CRIL


A pedido do Ministério Público
vão ser ouvidas relevantes testemunhas

Amanhã dia 2 de Julho, pelas 09.30H, realiza-se uma nova "audiência de julgamento", no Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa, da acção interposta contra o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

A pedido do Ministério Público, irão ser ouvidas como testemunhas, os responsáveis técnicos da Agência Portuguesa do Ambiente pelo estudo de Avaliação de Impacte Ambiental, assim como, o Observatório de Segurança de Estradas e Cidades (OSEC).
Em causa, estão várias ilegalidades, nomeadamente a violação da Declaração de Impacte Ambiental (D.I.A.) e graves violações às normas de traçado.

A ineficácia das Instituições tem permitido que, apesar de:
· Existir um processo crime aberto pelo Ministério Público em investigação na Polícia Judiciária;
· Existir um pedido de investigação no DIAP - Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa;
· A Comissão de Obras Públicas do Parlamento ter enviado todo o processo da CRIL à Procuradoria Geral da República, para investigar todas as “ilegalidades e irregularidades”;
· Existirem pareceres da APA - Agência Portuguesa do Ambiente - que comprovam a violação da DIA ;
· Existir um estudo da OSEC – Observatório de Segurança de Estradas e Cidades – que concluiu que este projecto rodoviário “não verifica um único critério técnico de segurança...”
· Existir um pedido de investigação no Tribunal de Contas relativo à eventual falta de transparência na adjudicação da obra;
· Várias queixas terem sido efectuadas, nomeadamente à Inspecção-Geral do Ambiente, sem qualquer efeito, pelo não cumprimento com os critérios de minimização de impactes, em fase de obra.
...a obra continue impunemente!

Este projecto que está em julgamento, para além do que já foi referido, é uma vergonha para a Engenharia Nacional, pois é caracterizado por ser:
· O projecto rodoviário (aos “SS”) com mais violações às Normas de Traçado por metro de estrada;
· Os 3,6km de estrada com mais impactes na qualidade de vida das populações;
· A estrada mais cara por metro;
· Responsável pela destruição do nosso Património, nomeadamente parte do Aqueduto das Águas Livres / Aquedutos Subsidiários, em actividade;
· A versão portuguesa do “Muro de Berlim” ao criar um efeito de barreira entre freguesias (paredões de betão com mais de 5 m de altura por mais de 30m de largura) a separar populações.

Perante estes factos, que atentam de forma grave contra o Interesse Público, o Governo para os esconder, não se coibiu de manipular imagens e prestar declarações falsas (inclusivé aos Deputados do Parlamento).
Veja em www.cril-segura.com as declarações de Fernando Nunes da Silva (Professor Catedrático do IST, Engenheiro Especialista da Ordem dos Engenheiros e Vereador da Câmara Municipal de Lisboa):

Último troço da CRIL "é um verdadeiro crime";
"É evidente" que o projecto do último troço da CRIL viola a Declaração de Impacte Ambiental;
"Se isto fosse um estado de direito já tinham rolado cabeças";

"Acho lamentável que colegas meus inscritos na Ordem dos Engenheiros aceitem ser autores de um projecto daqueles".

Pelas Comissões de Moradores
Foto: DR

segunda-feira, 14 de junho de 2010

CRIL - O CRIME IMPUNE!

Último troço da CRIL "é um verdadeiro crime"
"se isto fosse um estado de direito já tinham rolado cabeças"

Fernando Nunes da Silva, Prof. Catedrático do Instituto Superior Técnico, actual vereador da Câmara Municipal de Lisboa, em declarações ao Jornal Público, teceu duras críticas ao projecto que está em execução para o fecho da CRIL, onde ainda afirmou que:

é "evidente" que o projecto do último troço da CRIL viola a Declaração de Impacte Ambiental.


"Acho lamentável que colegas meus inscritos na Ordem dos Engenheiros aceitem ser autores de um projecto daqueles". (veja a entrevista completa dada ao Jornal Público)
Já está bem à vista aquilo que as Comissões de Moradores alertaram.
Este projecto financiado pela Comunidade Europeia em 96.000.000 de euros, é um crime urbanístico e um atentado a qualidade de vida das populações.


Um autêntico “Muro de Berlim”
a separar a população da Damaia e Benfica.
Onde era suposto um jardim e uma passadeira ao nível do terreno
nasceu um “caixote de betão” com mais de 5 metros de altura.

(fotomontagem publicitada pelo Governo)

foto actual (6 de Junho de 2010)

Veja em www.cril-segura.com como o Governo "vendeu gato por lebre".


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Só assim poderemos evitar atentados como este que comprometem o nosso futuro. Bem haja.


Pelas Comissões de Moradores

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

BRUXELAS VOLTA À CARGA SOBRE TROÇO DA CRIL

A Comissão Europeia vai voltar a questinar o Estado Português sobre o cumprimento de legislação comunitária no último troço da CRIL, depois de ter ponderado o arquivamento de uma queixa de cidadãos.

Em resposta a uma comunicação da Comissão de Moradores de Santa Cruz de Benfica, a Direcção Geral do Ambiente da Comissão comunicou em Novembro não haver “indícios de que a legislação comunitária aplicável tenha sido violada”. Segundo o ofício, tinha sido apurado, ao questionar as autoridades portuguesas, que o projecto tinha recebido em 2004 uma Declaração de Impacto Ambiental (DIA) favorável com condicionantes, incluídas depois em nova versão.

Insatisfeita com o parecer e na tentativa de evitar o arquivamento da queixa, a Comissão de Moradores enviou nova carta, afirmando que as respostas fornecidas por Portugal se pautavam por “inverdades e omissões” e reiterando que a segunda versão do plano não respeitava a DIA.

Perante isso, a Direcção Geral do Ambiente da Comissão decidiu em Janeiro que não iria arquivar o processo. “Os nossos serviços, após apreciação da contestação da nossa intenção de arquivar a queixa (...), decidiram inquirir o Estado Português através do sistema (de comunicação) EU Pilot para a resolução dos problemas”, refere a carta citada pela Lusa.

Fonte: Jornal OJE – Fevereiro de 2010