O presidente da Comissão de Moradores do Bairro de Santa Cruz de Benfica acusou hoje a Estradas de Portugal, EP de fazer demolições à "terceiro mundo" por não ter avisado os proprietários que as demolições começavam hoje.
O representante dos moradores, Jorge Alves, falava à agência Lusa enquanto uma retroescavadora demolia uma construção localizada no quintal da sua residência e que é um dos 18 logradouros a demolir pela empresa Estradas de Portugal para a construção da CRIL - IC 17.
"A máquina [retroescavadora] chegou de manhã, por volta das 08:30, tocaram à porta das pessoas, há pessoas que não estavam em casa, tinham saído para o trabalho, deram a volta à casa e sem mais nem menos entraram em casa e começaram a demolir mesmo com pessoas em casa. Eu próprio tive que gritar porque tinha a minha mulher dentro da construção que eles iam começar a demolir", contou Jorge Alves à Lusa.
Jorge Alves acusou ainda a Estradas de Portugal de estar a fazer demolições "sem nenhum critério de segurança" e de, no seu caso, não ter respeitado a área expropriada de dois metros decretada pelo tribunal.
Jorge Alves alega que o comportamento da empresa pública se deve ao facto de a CRIL ser uma "bandeira eleitoral do primeiro-ministro José Sócrates", uma vez que o contrato da obra contém uma cláusula de salvaguarda que antecipa a obra de 700 para 670 dias, ou seja um mês, antes das eleições legislativas de 2009.
Segundo Jorge Alves, o troço da CRIL que está a ser construído no Bairro de Santa Cruz "não tem projecto aprovado, é uma completa ilegalidade e não respeita a Declaração de Impacto Ambiental [DIA]".
A Comissão de Moradores do Bairro de Santa Cruz de Benfica vai hoje à comissão parlamentar de Obras Públicas a quem vai informar da "violação da DIA" e da forma como a Estradas de Portugal iniciou hoje as expropriações.
Entretanto, a Estradas de Portugal emitiu um comunicado em que refere ter dado início hoje à "efectivação da posse administrativa das parcelas expropriadas", um conjunto de "18 logradouros" destinado à conclusão do sublanço Buraca/Pontinha da CRIL.
Acrescenta a empresa que "todos os expropriados têm total conhecimento da situação das parcelas em causa e da obrigação legal de as desocuparem de imediato, com vista a permitir a continuidade dos trabalhos da empreitada, em segurança e sem perturbações que provoquem custos acrescidos na execução da obra".
As demolições começaram nos números 11 e 13 da Rua Comandante Augusto Cardoso e vão prolongar-se dos números 55 ao 117.
Texto e Foto: Lusa
O representante dos moradores, Jorge Alves, falava à agência Lusa enquanto uma retroescavadora demolia uma construção localizada no quintal da sua residência e que é um dos 18 logradouros a demolir pela empresa Estradas de Portugal para a construção da CRIL - IC 17.
"A máquina [retroescavadora] chegou de manhã, por volta das 08:30, tocaram à porta das pessoas, há pessoas que não estavam em casa, tinham saído para o trabalho, deram a volta à casa e sem mais nem menos entraram em casa e começaram a demolir mesmo com pessoas em casa. Eu próprio tive que gritar porque tinha a minha mulher dentro da construção que eles iam começar a demolir", contou Jorge Alves à Lusa.
Jorge Alves acusou ainda a Estradas de Portugal de estar a fazer demolições "sem nenhum critério de segurança" e de, no seu caso, não ter respeitado a área expropriada de dois metros decretada pelo tribunal.
Jorge Alves alega que o comportamento da empresa pública se deve ao facto de a CRIL ser uma "bandeira eleitoral do primeiro-ministro José Sócrates", uma vez que o contrato da obra contém uma cláusula de salvaguarda que antecipa a obra de 700 para 670 dias, ou seja um mês, antes das eleições legislativas de 2009.
Segundo Jorge Alves, o troço da CRIL que está a ser construído no Bairro de Santa Cruz "não tem projecto aprovado, é uma completa ilegalidade e não respeita a Declaração de Impacto Ambiental [DIA]".
A Comissão de Moradores do Bairro de Santa Cruz de Benfica vai hoje à comissão parlamentar de Obras Públicas a quem vai informar da "violação da DIA" e da forma como a Estradas de Portugal iniciou hoje as expropriações.
Entretanto, a Estradas de Portugal emitiu um comunicado em que refere ter dado início hoje à "efectivação da posse administrativa das parcelas expropriadas", um conjunto de "18 logradouros" destinado à conclusão do sublanço Buraca/Pontinha da CRIL.
Acrescenta a empresa que "todos os expropriados têm total conhecimento da situação das parcelas em causa e da obrigação legal de as desocuparem de imediato, com vista a permitir a continuidade dos trabalhos da empreitada, em segurança e sem perturbações que provoquem custos acrescidos na execução da obra".
As demolições começaram nos números 11 e 13 da Rua Comandante Augusto Cardoso e vão prolongar-se dos números 55 ao 117.
Texto e Foto: Lusa
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