quarta-feira, 21 de maio de 2008

Não nos calaremos ….

Na primeira noite, eles aproximam-se
e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada…

Na segunda noite, já não se escondem,
pisam as flores, matam o nosso cão.
E não dizemos nada…

Até que um dia, o mais frágil deles,
entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua,
e, conhecendo o nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.

Maiakovski (1893-1930)


Gostava que este grito se amplificasse…
Não gostaria de ser acusado de não ter dito nada… e já ser tarde de mais.
Será difícil de perceber que o último troço da cril é uma obra de interesse público que afecta milhares de cidadãos e não é apenas um “projectozinho” do interesse da Câmara da Amadora ou da Câmara de Lisboa?

Como é possível que o interesse privado se sobreponha ao interesse público?
Porque querem abafar este caso e silenciá-lo?

Como é possível ninguém querer ver o que é óbvio?
- até quando?...

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